segunda-feira, 14 de março de 2011

SUA PRIMEIRA VEZ EM UMA CORRIDA

Evite três erros comuns entre os novatos e corra como um veterano em provas de rua

Erro: Acelerar muito cedo
"A maioria dos corredores iniciantes larga em ritmo muito forte e sofre já no segundo ou terceiro km", afirma Jane Serues. Até os veteranos e os corredores mais rápidos se deixam levar pelo entusiasmo do dia da prova.
Solução: "Comece a prova em um ritmo confortável, no qual você não esteja se matando e ainda possa manter uma conversa respirando profundamente entre as frases, sem ficar ofegante", diz Jane. Então aumente um pouquinho a velocidade a cada quilômetro, para que o último seja o mais rápido. “Uma chegada forte deixará melhores lembranças que um ótimo primeiro quilômetro com uma chegada sofrida”, afirma Chris Carmichael.

Erro: Comer demais
Jeff Galloway conta que muitos novatos comem demais antes de uma prova, principalmente na noite anterior. Carmichael concorda: "Você não precisa armazenar carboidratos para uma prova de 5 km". A maioria das pessoas tem energia suficiente armazenada no corpo para correr 5 km sem precisar consumir nenhuma caloria a mais.
Solução: Não corra em jejum. "Mas coma menos que o normal antes da prova", diz Jane Serues. Experimente pequenas refeições na véspera (e modere na gordura e nas fibras) e algo simples como uma banana e um copo de leite desnatado, pães, frutas frescas ou secas ou biscoitos na manhã da prova. "A chave é escolher algo fácil de ser digerido", diz Jane. "Nada gorduroso, como presunto e ovos, que seu corpo precise se esforçar para digerir."

Erro: Não aquecer nem desaquecer
Seu corpo precisa de aquecimento adequado para que você tenha um bom desempenho em uma prova de alta intensidade, como a de 5 km. Uma desaceleração pós-corrida ajuda você a se recuperar mais rapidamente e, assim, você se sentirá melhor no dia seguinte.
Solução: Antes da prova, faça um aquecimento de 15 minutos e, depois de completá-la, um desaquecimento também de 15 minutos, ensina Carmichael. Em ambos, combine caminhada com trote para que você entre e saia do ritmo da prova de forma tranquila.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

OS SAPATOS E SUA COMPRAS

                   COMPRAS DE SAPATOS

Quando chega a altura de um atleta comprar sapatos para o seu treino, vai à loja e vê uma montanha de sapatos, cada um mais apelativo do que o outro, parecendo todos ser rejados e ter bastante daquele material espumoso. Mas será que se adequam ao feitio do nosso pé? Cada modelo de sapato é desenbado por engenbeiros que perdem noites de sono para tentar neutralizar os formatos anormais dos vários tipos de pé. A ideia é fazer de si um melhor corredor. Agora, é preciso saber qual é o seu tipo de pé pois, quanto melhor perceber do que ele precisa, melhor saberá o que escolher na loja.

Impacto

Se é alto, forte, estrutura óssea alta, ou talvez com um pouco de peso a mais, está a bater no chão com mais violência do que qualquer outro corredor. Isto implica um maior choque para os seus pés e pernas. O senso comum leva-o a procurar mais amortecimento no seu sapato, mas também devia procurar algum apoio extra. Corredores mais pesados tendem a pronar mais e todo este amortecimento implicará um sapato mais pesado. O melhor é aceitar esse peso e andar um pouco mais devagar. É melhor do que correr o perigo de se lesionar.

Tipos de pé
É muito fácil determinar qual o seu tipo de pé. Para tal são necessários apenas dois testes. O primeiro diagrama ajudá-Io-á a descobrir o modelo dos seus sapatos de treino. Para se certificar, quando sair do banho, confirrneo com o "teste da casa de banho", observando as suas pegadas deixadas no solo. Estas espelharam o real formato do seu pé.


  
Pronador
São pronadores aqueles corredores que rolam os pés para dentro enquanto correm. É natural pronar-se um pouco enquanto se corre, mas muitos corredores vão simplesmente para além do limite. Dê uma olhadela os seus sapatos.-de treino,-Se ' uJ;JU,lronador, os seus sapatos estarão mais gastos na extremidadedeàtro do que na extremidade de fora. Em caso extremos, a sola dos sapatos gastar-se e forma a inclinar o sapato para entro. Póderã ter problemas com canelite ou na articulação do joelho. A pronação é um sintoma de maior flexibilidade do pé do que é necessário, o que implica que o corredor precisa de uma ajuda do sapato para que não ocorram lesões derivadas desta anomalia. Irá certamente sacrificar uma quantidade considerável de material de amortecimento, mas valerá a pena.

Pé Neutro
Este tipo de pé não precisa de muita preocupação com establidade e amortecimento

Supinador
O supinador sofre o oposto do pronador, os pés rolam para fora. A supinação dá-se mais frequentemente em corredores com os pés rígidos e com arcos acentuados nas pernas. Se é supinador, precisa de um sapato flexível ue-lhefiltrará os-chogues. Procure um sapato com as meias-solas maleáveis, pois deverão ser pressionadas facilmen e-com o seu dedo grande do pé. Deverá ter material para amortecimento tanto na zona do calcanhar como na zona da ponta do pé. A calcanheira deverá ser flexível e essencialmente inútil, ou seja, não deve ser rígida. Finalmente, o sapato deverá ter uma curva ou uma semi-curva anti-derrapante.

Tipos de sapato

Agora que sabe qual é o seu tipo de pé, passemos para o tipo de sapato pretendido. Para os corredores
recreativos, um sapato de treino básico é tudo o que precisam. Outros corredores têm outro tipo de interesses em relação ao treino e, de acordo com esses interesses, varia o investimento. Existem vários tipos
de sapato:

  • • de treino
  • • de treino "leve"
  • • de corrida
  • • de pista
Sapatos de treino
 A grande maioria dos sapatos de corrida são sapatos de treino básicos. Mais do que tudo, os sapatos de
 treino são feitos para protecção dos pés, normalmente dos choques constantes em superfícies duras e
 das instabilidades naturais dos pés. Comparados com os sapatos de treino leve e com os de treinos em superfície plana, são autênticos carros de assalto, são feitos para durar muitos quilómetros. A maior parte dos corredores não precisa de outro tipo de sapatos. Embora uns sapatos mais leves permitam correr mais rápido (cerca de 0,6 segundos por quilómetro), os sapatos de treino são os melhores na prevenção de lesões. E como existem em maior variedade, tem mais hipóteses de encontrar o tipo de sapato adequado para si.

 Sapatos de treino "leve"

Os sapatos de treino leve são os intermediários na supinação dá-se mais frequentemente em corredores  com os pés rígidos e com arcos acentuados nas pernas. Se é supinador, precisa de um sapato flexível  que-lhe filtrará os-chogues. Procure um sapato com as meias-solas maleáveis, pois deverão ser pressionadas facilmen e-com o seu dedo grande do pé. Deverá ter material para amortecimento tanto na zona do alcanhar como na zona da ponta do pé. A calcanheira deverá ser flexível e essencialmente inútil, ou seja, não deve ser rígida. Finalmente, o sapato deverá ter uma curva ou uma semi-curva anti-derrapante, tre os sapatos de treino e os de corrida em superfícies planas. Para quem quer correr mais rápido, os sapatos de treino leve são uma boa alternativa sem ficar com escasso material de amortecimento. Mas só vale a pena o sacrifício se for um corredor de competição que corra pelo menos a um ritmo de quatro minutos e meio por quilómetro. Se as suas corridas são mais longas do que 10 quilómetros, continue com os sapatos de treino, pois, com o passar dos quilómetros, o amortecimento é mais importante do que a leveza. Devemos chamar a atenção para o facto de este tipo de sapato ser mais leve por ter menos materialde amortecimento. Logo, se não quer que estes sapatos percam rapidamente as suas capacidades de amortecimento, deve usá-los exclusivamente para a competição. Antes de ir competir com este tipo de sapatos faça alguns exercícios de corrida, de forma a que estes se adaptem aos pés.

Sapatos de corrida

Os sapatos de corrida são construídos exclusivamente para a velocidade. Para implementar a flexibilidade e reduzir o peso, têm menos 15% de material de amortecimento e menos suporte, o que implica menor durabilidade. Normalmente, têm menos altura de calcanhar para permitir uma maior acção do tendão de Aquiles. A protecção reduzida dos sapatos de corrida aumenta o risco de lesão, mas são essenciais para os
atletas que participam em competições. Para estes corredores, os benefícios são substanciais, pois estes sapatos são três a quatro vezes mais leves do que os de treino. Teoricamente, estes sapatos podem tirar cerca de 40 segundos numa distância de 10 quilómetros corrida em 40 minutos. Este tipo de sapatos só deviam ser usados em competição, por isso aconselhamos a que no treino trate bem os seus pés com uns bem protegidos sapatos de treino. Antes de os usar numa competição, devem fazer-se alguns exercícios com os sapatos de treino leve.

Sapatos de pista

Cada vez mais os corredores caem na tentação de usar sapatos de pista e isso levou a que o interesse na investigação deste tipo de sapato aumentasse imenso nos últimos anos. Há muito tempo atrás, os sapatos de
pista eram apenas botas de caça adaptadas. Isso acabou com o aparecimento de novas tecnologias como os tecidos derivados do algodão e nylon, que vieram dar mais arejamento ao pé do atleta. A bota de cano alto transformou-se num sapato de pista que se parece com um sapato de corrida. Os sapatos de corrida são desenhados especialmente para uma durabilidade extra, tracção e estabilidade num terreno mais acidentado. Enquanto a maior parte dos sapatos detreino diminuem o peso eliminando a sola exterior à volta do meio do pé, os sapatos de pista têm uma sola de borracha rija à volta da ponta do sapato. Estes sapatos têm na sola "bicos" que permitem uma boa tracção também em terrenos enlameados. Os sapatos de pista não são essenciais para o treino de um atleta de pista. Será melhor para a saúde dos seus pés usar sapatos de treino, embora haja muito menos modelos, o que vai implicar uma maior dificuldade em encontrar sapatos que se encaixem nas características biomecânicas dos seus pés.

A compra do sapato

Agora que conhece os seus pés e tem uma ideia exacta do que pretende, chegou o momento da verdade: a compra dos sapatos. No acto da compra do sapato não fique a olhar para as prateleiras a ver qual é o sapato mais bonito. Dirija-se a um empregado e explique bem as características do seu pé e o que pretende
em que superfícies corre mais vezes, como costuma correr, quantos quilómetros faz por semana, lesões recentes ou mais antigas, etc. Os vendedores têm normalmente uma boa formação ao nível do formato dos pés e dos produtos que melhor servem para cada tipo de corredor. Facilitará bastante a sua tarefa se procurar locais especializados, pois aí é mais fácil a tarefa para o próprio vendedor e também para si, pois será direccionado para o que verdadeiramente interessa. o momento de escolher, para além dos conselhos que já lhe demos, é importante que tenha uma noção do que pode pagar, pois existem sapatos de vários preços que servem os seus desejos. Um sapato não é melhor só por ser mais caro. Experimente sempre mais que um par e certifique-se que estão confortáveis em ambos os pés. Tente fazer nma corrida com eles, ou na loja ou pedindo para experimentar numa breve corrida. Compre apenas os sapatos que lhe deixam uma sensação de bem estar. Sapatos demasiado apertados ou demasiado folgados podem trazer graves problemas aos seus pés no momento de correr. Finalmente, depois de comprados os sapatos, se nas suas corridas se sentir bem, use sempre mesma marca e modelo. Não há razões para estar sempre a mudar quando as coisas correm bem. Eventualmente poderá mudar de modelo sempre que este tenha melhorias substanciais em relação ao anterior e que tão bem lhe serviu.




Boas compras e boas corridas.

CORRIDA - CORRA DA DOR !!!

                                             corra da dor


                  A história de que é preciso sentir dor para conseguir melhorar o desempenho está completamente equivocada,já que essa sensação após os exercícios físicos pode significar lesões crônicas. O cansaço,fadiga e câimbras são comuns,mas a dor não. A dor pode estar associada a uma lesão do sistema musculo-esquelético e sua causa deve ser interrompida. Esse tipo de sintoma geralmente é o alerta para uma lesão orgânica e não apenas um momento funcional do sistema locomotor.
Vamos ficar atentos a esses sinais:
Cansaço-Sensação agradável desfrutada pelo corredor após o treino,com duração de algumas horas. No dia seguinte, o atleta sente-se normal e estará apto a reiniciar seu treino sem nenhuma limitação.
Fadiga-Cansaço que aparece durante o treino e que leva muitas horas para desaparecer. Representa o acúmulo de ácido lático nas fibras musculares geralmente por falta de preparo para aquela prova. Não representa lesões e após alguns dias o esportista volta ao normal.
Câimbra-Representa a dor que aparece durante o esporte ou no repouso e é uma contração involuntária de um grupo de músculos.

Dor-Aparece no momento em que há de fato uma lesão dos músculos, tendões ou ligamentos. Nesse caso, há alterações da estrutura do tecido com inchaço,lesões parciais ou roturas completas.
Normalmente todos os esportistas convivem com algum tipo de dor, a diferença é quando sabemos que a dor não é comum(dor de um treino mais forte ou algum exercício diferente).Devemos conhecer o próprio limite e saber a hora de parar,as vezes é melhor parar de treinar uma semana do que deixar a lesão tomar dimensões maiores e ter que interromper o treino durante 1 mês.
Corra da dor!!!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Importância do treinamento funcional para o corredor

Por Prof. Renato Dutra
A musculação vem ganhando cada vez mais adeptos para melhorar a performance e prevenir lesões em corredores. Todavia, alguns estudos estão sugerindo que é preciso ir um pouco além dos pesos e dos aparelhos. O treinamento funcional vem sendo citado como mais eficaz tanto para melhorar o rendimento como para diminuir o risco de lesões em meio fundistas e fundistas.
O que é? - É um método de treinamento de força que se baseia no princípio da instabilidade mecânica para gerar estímulo sensório-motor (equilíbrio é apenas um dos aspectos desenvolvidos). Por exemplo, um agachamento feito no solo exige apenas força para superar a resistência oferecida pela carga a ser levantada e a força da gravidade. Agora imagine o mesmo exercício executado em uma cama elástica, mole e instável? Acrescenta-se ao mesmo exercício instabilidade, o que recruta mais fibras musculares e de forma mais global e intensa, aumentando a dificuldade do exercício.
Como utilizá-lo? - O uso do treinamento funcional exige a supervisão direta de um profissional habilitado e de uma base razoável de treinamento com musculação. É um método altamente complexo, desafiador e por isso muito extenuante principalmente nas primeiras sessões.
O futuro é funcional - As pesquisas indicam o treinamento funcional para a reabilitação de atletas lesionados, programas de atividade física para a terceira idade, para a prevenção de lesões e para aprimorar o condicionamento neuromuscular de diversos esportistas.

sábado, 8 de janeiro de 2011

TREINAMENTO FUNCIONAL - CORE

                            TREINAMENTO FUNCIONAL – CORE

CENTRO CORPORAL: CORE

                        O cento corporal, chamado também de CORE, está localizado no complexo quadril-lombar-pelve, coluna torácica e cervical. É onde se localiza o centro de gravidade do corpo e todos os movimentos se iniciam. É necessário um Core eficiente para manter o equilíbrio muscular apropriado através de toda cadeia cinética. São 29 músculos que se inserem no complexo quadril-lombar-pelve e são divididos em 2 (duas) categorias: sistema de estabilização e sistema de movimento.

MÚSCULOS DO CORE

Sistema de estabilização

Transverso abdomina,Oblíquo interno, , Multífido lombar, Músculos do assoalho pélvico, Diafragma, Tranverso-Espinal ,

Sistema de movimento

Grande dorsal, Eretor da coluna, Iliopsoas, Ísquios Tibiais, Adutores do Quadril, Adutor magno, Adutor longo,Grácil, Pectineus, , Abdutores do quadril, Glúteo mínimo,Glúteo médio,Tensor da fáscia lata,Reto abdominal,Oblíquo externo

O SISTEMA DE ESTABILIZAÇÃO (UNIDADE INTERNA)

A Unidade Interna se tornou um termo para descrever a ação conjunta funcional entre o TVA (Transverso Abdominal) e as fibras posteriores dos abdominais oblíquos internos, assoalho pélvico, multífidus, e porções lombares dos longissimus dorsais e iliocostais, assim como o diafragma.

Pesquisas mostraram que a Unidade Interna está sob controle neurológico separado dos outros músculos do CORE. Isto explica o porquê dos exercícios focados em músculos como Reto Abdominal, Oblíquo Externo e Psoas, os mesmos treinados nos programas tradicionais de condicionamento abdominal praticados em academias no mundo todo, eram pouco efetivos em estabilizar a coluna e reduzir a dores nas costas crônicas. (CHECK, 2005)

                          Para se atingir os níveis de controle reflexo automático da Unidade Interna, é necessário um treinamento específico de isolamento, para se aumentar o controle sensorial-motor. E uma vez estabelecido, a ativação da Unidade Interna deverá ser programada para todos os padrões de movimento usados comumente pelo executante.

                           O não condicionamento da Unidade Interna em um alto nível de especificidade normalmente resulta em lesão na coluna vertebral devido à instabilidade.

                          Exercitando os grandes músculos (Reto Abdominal e Oblíquo externo), estes não provem o fortalecimento correto para os pequenos músculos, como multifidus, TVA e assoalho pélvico. Já estes, quando trabalhados corretamente, criam o aumento necessário da estabilidade articular, e, conseqüentemente, para a coluna, pélvis e caixa torácica, oferecendo plataforma estável para os grandes músculos. De certa forma, se os grandes músculos (Unidade Externa) se tornam fortalecidos e encurtados, a delicada relação entre a Unidade Interna e a Unidade Externa se desequilibra. Este quadro pode ser melhor compreendido através do modelo do navio pirata.

                         O mastro do navio pirata é feito de vértebras que são mantidas unidas (enrijecidas) pelos pequenos cabos que ligam-se entre si, assim como o multifidus (membro da Unidade Interna) faz na coluna vertebral humana. Como os grandes cabos (representando a Unidade Externa) são essenciais para manter o mastro do navio em pé (nossa coluna vertebral), eles nunca seriam capazes de realizar essa tarefa efetivamente se os pequenos estabilizadores segmentais (pequenos cabos = Unidade Interna) falharem em sua função.

                          Quando a Unidade Interna está funcionando corretamente, as lesões não são freqüentes, mesmo sob altas cargas, como, por exemplo, empurrar um carro, colisão num jogo ou levantamento de pesos pesados na academia. Por outro lado, quando não está funcionando corretamente, a ativação dos grandes músculos não será diferente de um vento forte batendo contra o mastro de um navio com cabos soltos, concluindo que qualquer sistema só é forte quando a sua parte mais fraca também se tornar forte.

O SISTEMA DE MOVIMENTO (UNIDADE EXTERNA)

A Unidade Externa consiste em quadro sistemas:

longitudinal profundo, posterior oblíquo, anterior oblíquo e lateral. Estes sistemas são dependentes da Unidade Interna para uma rigidez articular e estabilidade, criando, assim, base para geração de força.

                        A deficiência na Unidade Interna em trabalhar em conjunto com a Unidade Externa resulta, normalmente, em desequilíbrio muscular, lesão articular e performance abaixo do possível. A Unidade Externa não pode ser condicionada efetivamente usando apenas máquinas de musculação. Um condicionamento efetivo de Unidade Externa deve incluir exercícios que exijam uma função integrada das Unidades Interna e Externa, usando padrões de movimentos integrados para o trabalho ou atividade esportiva de qualquer cliente.
                         Ainda que a Unidade Externa seja freqüentemente vista como um sistema motor, ela fornece função de estabilização crucial. Importante salientar que os músculos da Unidade Interna são relativamente pequenos, com menos potencial de gerar forças que os grandes músculos da Unidade Externa.

                           Os músculos da Unidade Interna estão ocupados gerando rigidez articular e estabilidade segmental e trabalham durante longos períodos sob baixos níveis de contração máxima. Por sua vez, a Unidade Externa, quando bem orientada em mover o corpo, torna-se importante para a estabilidade, protegendo a Unidade Interna, ligamentos e articulações.

Por exemplo: O preparador físico coloca dois atletas para realizar trabalho de arremesso oblíquo com medicine ball, sendo um atleta muito maior e mais forte que o outro. O atleta mais fraco tenta segurar a medicine ball de 8kg arremessada contra ele a 60km/h, e descobre que não tem a força suficiente na Unidade Externa para desacelerar a medicine Ball, forçando até o limite da flexão e rotação do tronco, traumatizando seus discos lombares inferiores, ligamentos e músculos intrínsecos da coluna (Multífidus, rotadores, intertrasversais e interespinais).

                          Independentemente do excelente nível de condicionamento da Unidade Interna do atleta mais fraco, a falta de força na Unidade Externa resultará em uma sobrecarga da Unidade Interna e, conseqüentemente, lesão, concluindo-se que uma boa força excêntrica da Unidade Externa é crucial para proteger a Unidade Interna.

EXERCÍCIOS PARA MELHORAR A ATIVAÇÃO DO CORE

TVA 4 apoios – Progressões
Prancha Cobra
Pontes – Progressões

TREINAMENTO FUNCIONAL

                                          TREINAMENTO FUNCIONAL


                         As últimas décadas foram marcadas por grandes avanços tecnológicos, com descobertas de curas de doenças, acesso ilimitado às informações mundiais em tempo real, enfim, estamos literalmente conectados 24h.

                       Por outro lado, houve uma adaptação do homem a este novo cenário. Ficamos dependentes da nossa evolução, passamos várias horas em frente ao computador, as atividades diárias requerem menos movimentos, e ainda assim nos falta tempo, pois tudo acontece muito rápido e precisamos acompanhar esta velocidade, senão ficamos para trás, defasados... por isso temos pouco tempo para nos alimentar e quando “sobra tempo” tem que ser muito rápido, gerando uma ansiedade enorme, além de fazermos uso de “fast foods”, que estão longes de serem saudáveis. Muitas conseqüências desta adaptação já começam a aparecer e estão relacionadas à saúde do homem, como se a obra se voltasse contra o criador. Não é à toa que as doenças relacionadas ao coração são as que mais matam no mundo, assim como a enorme quantidade de crianças obesas e com hipertensão. Além disso, o sedentarismo tem criado pessoas nãofuncionais, incapazes de realizar movimentos básicos e inatos do ser humano, com encurtamentos e desequilíbrios musculares crônicos, levando, assim, a adaptações estruturais físicas em todo corpo.

                       Com este perfil, a sociedade atual precisa de novos treinamentos e visando essa carência surgiu o Treinamento Funcional, criado a partir da reabilitação, onde movimentos eram usados para recuperar lesões e posturas inapropriadas, principalmente de atletas.
                  
                       Posteriormente, foi incorporado às rotinas de treino, melhorando a eficiência no esporte e prevenindo novas lesões. A partir disto, adaptou-se este método a sociedade atual com todas as suas deficiências.

OBJETIVOS

                   O principal objetivo do Treinamento Funcional é tornar o corpo humano uma máquina de locomoção eficiente, com o foco na melhora do desempenho dos movimentos.

                   No corpo humano, a produção de movimento é estruturada na integração dos sistemas: nervoso, esquelético e muscular que, juntos, compõem a Cadeia Cinética

                   De acordo com Boyle (2003), Função é essencialmente o propósito. Se a Cadeia Cinética desempenhar da melhor maneira possível sua “Função”, o movimento será mais eficiente.

                  E todos os sistemas da Cadeia Cinética devem trabalhar em conjunto para produzir movimento e se um sistema não trabalha apropriadamente, irá afetar outros sistemas e, conseqüentemente, o movimento.

A PRODUÇÃO DE MOVIMENTO

SISTEMA ESQUELÉTICO ----- SUSTENTA
SISTEMA MUSCULAR     -----  EXECUTA
SISTEMA NERVOSO       ------ CONTROLE

                         Faz-se necessário uma avaliação estruturada da Cadeia Cinética para detectar que sistema está deficiente, além de uma avaliação de movimentos que irá mostrar músculos e articulações desalinhadas. Baseado nisto, deve ser elaborado o treinamento voltados para correções de encurtamentos e fraquezas musculares.

                         Por isso, o Treinamento Funcional pode ser usado para todos objetivos, podendo melhorar o desempenho de movimentos de um atleta, tornando-o mais veloz, forte e equilibrado. Mais ainda, pode melhorar o desempenho de movimentos do cidadão comum, para que ele possa executar melhor as atividades da vida diária, assim como sua postura.
DESEQUILÍBRIOS MUSCULARES

                         Os desequilíbrios musculares causam uma estrutura anormal e ineficiência funcional da cadeia cinética. São alterações no comprimento dos músculos, alterando o o alinhamento das articulações. Esses músculos podem estar super estimulados ou enfraquecidos, causando uma variedade de mecanismos

As principais causas são:

_ Estresse Postural
_ Movimentos Repetitivos
_ Lesões Acumulativas
_ Controle Neuromuscular Alterado
_ CORE Fraco
_ Treinamento Ineficiente

PADRÃO DE SOBRECARGA

                        Um expressivo número de pessoas na sociedade atual tem desequilíbrios musculares que resultam em padrão de sobrecarga, que consiste na repetição do mesmo movimento. Podemos citar aqueles alunos de academia que treinam sempre as mesmas rotinas.

                        Mas este padrão de sobrecarga não é somente relacionado ao exercício. Se considerarmos pessoas que têm ocupações que requerem movimentos repetitivos ou posturas inapropriadas, como dentistas, funcionário de produção e aqueles que ficam horas sentadas ao computador, todos exercem um estresse repetitivo ao corpo ao longo do dia.

                      Os desequilíbrios musculares ocorrem normalmente em razão de três fenômenos:
inibição recíproca, dominância sinergística, disfunção artrocinética, que, conseqüentemente, altera o Controle Neuromuscular.

Controle Neuromuscular Alterado :
Inibição Recíproca - Dominância Sinergística – Disfunção Artrocinética

INIBIÇÃO RECÍPROCA
                       É o conceito de uma inibição muscular causada por um agonista encurtado, diminuindo o estímulo neural no antagonista. Por exemplo, um psoas (Flexor do Quadril) encurtado diminuirá o estimulo neural no seu antagonista, glúteo máximo (Extensor do Quadril)
DOMINÂNCIA SINERGÍSTICA
                       É o fenômeno neuromuscular que ocorre quando os músculos sinergistas assumem a função dos músculos inibidos ou enfraquecidos. Aproveitando o exemplo anterior quando o psoas é encurtado gera uma inibição recíproca no glúteo máximo e o resultado disso é um aumento de força nos sinergistas (isquios tibiais, adutores e eretores da coluna) para compensar o enfraquecimento do glúteo máximo.

DISFUNÇÃO ARTROCINÉTICA
                       O termo artrocinética refere-se ao movimento das articulações. E disfunção artrocinética é uma disfunção biomecânica e neuromuscular levando a um alterado movimento articular que causa uma ineficiência nos movimentos. Por exemplo, uma rotação externa dos pés no movimento de agachamento força a tíbia e fêmur a rodarem externamente. Isso altera o alinhamento dos joelhos e quadril, forçando o glúteo máximo (agonista) a trabalhar numa posição encurtada e diminuindo a habilidade de gerar força, tornando o bíceps femural e pirifome (sinergistas) dominantes, alterando a artrocinética e aumentando o estresse nos joelhos e lombar. Geralmente, esse estress alterar o recrutamento muscular e o mecanismo articular.